Aceitei o desafio de : Coisas (in)significantes, e decidi utilizar o mês para postar as músicas correspondentes:
dia 01 - a tua canção favorita
dia 02 - a tua canção menos favorita
dia 03 - uma canção que te faz feliz
dia 04 - uma canção que te deixa triste
dia 05 - uma canção que te lembra alguém
dia 06 - uma canção que te lembra algum lugar
dia 07 - uma canção que lembra um determinado evento
dia 08 - uma canção que você sabe que todas as palavras
dia 09 - uma canção que te fez dançar
dia 10 - uma canção que te dá sono
dia 11 - uma canção da tua banda favorita
dia 12 - uma canção de uma banda que odeias
dia 13 - uma canção que define o teu dia de hoje
dia 14 - uma canção que ninguém espera que tu adores
dia 15 - uma canção que descreve você
dia 16 - uma canção que usaste para o teu amor, mas agora odeias
dia 17 - uma canção que ouve muitas vezes na rádio
dia 18 - uma canção que você gostaria de ouvir no rádio
dia 19 - uma canção do seu álbum favorito
dia 20 - uma música que escutas quando está zangado
dia 21 - uma canção que ouves quando estás feliz
dia 22 - uma canção que ouves quando estás triste
dia 23 - uma canção que queres ouvir no teu casamento
dia 24 - uma canção que queres ouvir no teu funeral
dia 25 - uma canção que te faz rir
dia 26 - uma canção que podes tocar num instrumento
dia 27 - uma canção que gostavas de conseguir tocar
dia 28 - uma canção que te faz sentir culpado
dia 29 - uma canção da tua infância
dia 30 - a sua canção favorita do ano passado
Topas o desafio?
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O meu começo amanhã, rs
Joga água e sai correndo.
Atira a pedra e me acerta de raspão.
Me atiça.
Invade o meu sossego.
Meu refúgio.
Você me provoca achando que não há perigo.
((Caio F. Abreu))
O sol lá fora, tão quente que queima...mas dentro, no refúgio das paredes, na privacidade de um quarto qualquer, dois corpos ardem, suor e suspiros, gozo e drama, e o suor, que banha a pele, refresca e cai...
A força vital, a vida que começa, o grito de dor, a dor mais querida, suor e sangue, uma mulher e seu dom, o filho da esperança, que rasga sua pele, que abre caminho aos brados, o sorriso brinca aos lábios da mãe, mesmo em sua dor, e o suor, que banha a pele, refresca e cai...
O calor insuportável, o reflexo dos carros, a cegueira momentânea, a tontura que logo passa, o menino segue em busca de uns trocados, " cinquenta centavos o saco de balinhas senhor, é pra ajudar minha mãe, ela é doente...", os olhares duros, os sorrisos forçados, as moedas tilintando pelo bolso, o calo no pé que incomoda, e o suor, que banha a pele, refresca e cai...
Ah, sede maldita! o sol fora da barraca é maligno, a sede incomoda, maldita hora em que a decisão de uma tarde na praia ocorrera! a água não lhe satisfaz, a areia incomoda, o burburinho das pessoas irrita, o olhar cega, a pele arde, e o suor, que banha a pele, refresca e cai...
Uma certeza, uma intenção, uma arma na mão, gatilho puxado, sem pensar duas vezes, o sol reflete no aço e o tiro ecoa: BANG! e o sangue, que corria nas veias, e aquilo que era vida, já não é mais, e não mais o suor banhará a pele,e nada mais que um corpo cai...
E esse sabor de infinito, que mesmo que não se mostre real, me faz feliz pelo momento que durar, porque agora eu sei que é pra sempre, enquanto existirmos um para o outro.